sexta-feira, 13 de abril de 2012

Banco de Leite Humano


Quando o João nasceu, tive dificuldades pra amamentar. Meu seio ficava “pedrado”, o JP não mamava direito e o desespero já estava me afligindo. Fiquei muito triste em pensar que não conseguiria amamentar meu bebê. Quando eu não conseguia dar mama não foram poucas as vezes que chorei. Seria uma grande tristeza recorrer à leite industrial. Enfim, foi muito difícil.

Fizemos inúmeros exames para verificar o nível dele de glicemia e, embora ele quase não conseguisse mamar, os números estavam sempre bons.

Enfim, quando o João estava com 4 dias de vida, quase meia noite, eu, chorando, tomei uma decisão: “Já não posso mais deixar meu bebê sem mamar direito. Vou ser obrigada a recorrer ao leite NAN. Ou resolvo esse problema, ou não me resta mais outra saída”.

Foi então que uma moça, baby-sitter, me falou sobre o banco de leite. Me disse que lá ensinavam e ajudavam mães que não conseguiam amamentar. Em alguns minutos, lá estava eu na Maternidade de Macapá, no Banco de Leite e, pra variar, chorando. Contei minha história, entre lágrimas,  4 noites sem dormir, meu bebê com fome...

Lá me acolheram de uma forma muito carinhosa, fizeram massagem durante horas nos meus seios para “soltar” o leite e, assim, as coisas começaram a melhorar. Voltei lá inúmeras vezes e sempre me ajudavam até o dia em que não precisei mais. João passou a mamar muito e assim tem sido até hoje graças a Deus.

Ontem, uma moça, assistente social, veio à minha casa me convidando para ser doadora de leite para o Banco de Leite Humano. Ela estava com o cadastro que eu havia feito lá quando não conseguia amamentar. Fiquei muito feliz com a possibilidade, pois, elas tanto me ajudaram e agora eu poderia ajudar outros bebês que estavam na UTI. Afinal, eu também já tive uma bebê na UTI.

Pois é. Agora tiro um pouquinho de leite todos os dias e congelo. Toda semana alguém do banco de leite virá buscar a “comidinha”.

Estava refletindo. Quando sofria perdas, meu seio enchia de leite, ficava “pedrado” e eu tinha que tomar remédio para o leite secar, já que havia perdido o bebê e não tinha a quem amamentar.

Agora, eu amamento meu próprio filho e dou um pouquinho para outros bebezinhos que não conheço.

Só Deus pode fazer uma mulher estéril amamentar e SER FELIZ!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Aventuras de João Pedro












Olá amigos,

Essas são algumas fotinhas do João Pedro, tiradas neste feriado de páscoa. São algumas evidências de que Deus faz o impossível acontecer.
Meu filho é maravilhoso, saudável, tranquilo, sorridente. Aliás, o sorriso dele é muito lindo; Vocês viram? Quando mostra toda a gengiva, então, ai ai ai rsrs

Minha vida mudou muito nos últimos 52 dias. Estão sendo dias maravilhosos, cheios de alegria, de felicidade.

Graças a Deus, tenho aprendido a cada dia a ser mãe do João e já me sinto bem mais segura do que no começo, quando tudo parecia um pouco difícil e eu tinha um milhão de neuroses na cabeça: Ele ia parar de respirar enquanto dormia. E seu alguém deixar ele cair? Será que ele espirrou porque tá gripado? Esses medos, aos poucos, vão deixando de existir.

João Pedro é o único neto menino da minha família. Eram 5 meninas e ontem nasceu mais uma, Ana Sofia, filha do meu irmão. (Pense em uma bebê linda!)

Então, vocês podem imaginar o quanto ele vive cercado de mulheres. No fim de tarde, durante os domingos, vamos para o Parque do Forte, montamos nossas cadeiras na grama e lá está o João, com todas as mulheres da família, reinando absoluto.

Nunca fui capaz de perceber o quanto seria maravilhoso ter um filho. Agora entendo a plenitude de ser mãe. Posso dizer que todo sacrifício em busca desse sonho vale muito a pena. Percebo que meu sofrimento de cinco anos são insignificantes diante da felicidade de ter o João. É MARAVILHOSO!

Sempre penso nas mãezinhas que estão tendo alguma dificuldade para ter seus bebês e oro por elas. Que Deus permita essa graça a todas elas.

Às vezes, penso também que, se meu filho Guilherme estivesse vivo, hoje ele teria quase cinco anos, seria o irmão mais velho do João. Lembranças, lembranças, lembranças...

Sou completamente grata a Deus por ter superado tanta dor e ter a vida toda pra comemorar com meu Joãozinho. E como são muitos os motivos de festa agora em minha família. As tias do João o amam e as primas são loucas por ele. Outro dia, minha sobrinha Maria Clara, de 7 anos, disse sobre a prima mais velha, de 18 anos: "Tia, a Michelle fica ´escaciando`  o João. Não deixa ninguém pegar ele". 

É muito bom saber que meu filhote é amado e tem tantas pessoas para zelarem por ele. Mas, daqui há pouco, é ele que vai estar cuidando das primas. Acho que ele vai ser muito ciumento. Aliás, coube só a ele o papel de homenzinho da família.

Estou de volta no blog. 

Sei que já disse isso antes e passei um tempão sem postar. Mas, agora é para valer. João Pedro já não é tão bebê assim. Já vai fazer dois meses, tá? rsrsr

Beijos a todos!