quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ande sobre as águas!


Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me. (Mateus 14:30)

Um dos maiores obstáculos da vida do ser humano é o seu próprio medo. Medo de fracassar, de tentar novamente e tudo acontecer como antes, de mudar, de arriscar. Gostamos de viver em nossa zona de conforto. Lá, nos sentimos seguros e protegidos. Mas, creiam, se deixarmos o medo nos paralizar, jamais sairemos do lugar em que estamos ou sequer saberemos como teria sido se tentássemos. 

Após três perdas gestacionais, o medo de tentar novamente sempre me aterrorizou. Não dá pra investir em um sonho sem nos envolvermos. Não é possível engravidar pensando " se der certo, deu". Não funciona assim. Uma gestação é apenas uma gestação externamente. Mas, para uma mãe é um filho, uma dádiva, um amor incondicional. As mães que me ouvem, sabem do que estou falando. Não importa se seu filho é apenas um bebê no ventre ou um forte rapaz, ele é seu filho e você, como mãe, quer protegê-lo, tê-lo consigo, amá-lo. Enterrar um filho é uma dor insuportável e eu já passei por isso e espero em Deus nunca mais passar. 

Mas, para ter um filho em meus braços, teria que ultrapassar os limites do medo, da insegurança e tentar novamente, mesmo com todos os riscos. E não é só fechar os olhos, respirar e em um segundo tudo acabou, como um salto de pára-quedas. São nove meses!!! É uma luta diária. Mas, Deus tem estado ao meu lado a todos os momentos, me dando forças e me ajudando a levantar sempre. Tem uma música que gosto que diz que para atravessar o mar, coloque os pés na água. Não tem outra forma. Só poderemos vencer o medo se o enfrentarmos. 

A bíblia diz que o cristão deve ter fé, coragem, deve ser uma pessoa que acredita na vitória e não na derrota. Mas, se porventura fraquejarmos, Deus estará ali nos ajudando a nos reerguer, como fez com Pedro quando ele quiz ir ao encontro de Jesus, deu o primeiro passo no mar em Sua direção e, logo em seguida, começou a afundar porque duvidou. Pedro era impulsivo, teve coragem para descer do barco, mas logo quando percebeu a força do vento, fraquejou. Mas, Jesus estava ali e o fez andar sobre as águas. 

Pedro, com uma fé tão pequena e inconstante andou sobre as águas!!!

Estou aprendendo, diariamente, e exercer minha fé em Deus e sei que em muitas situações precisei pedir perdão por duvidar, por ter uma fé volúvel, como a de Pedro. Sei que Deus perdoa minha insegurança e me ajuda a crescer espiritualmente.

Eu não sei qual é o seu gigante, sua luta diária, seus medos. Mas sei que Deus  está pronto a estender a mão no momento em que você sentir que está afundando e fazê-lo andar sobre as águas.  Creia!

"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á;
porque todos os que pedem, recebem; os que buscam, acham;e a quem bate, se abre."
(Mateus, 7:7-8.)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Coincidência ou Providência?

Como todos sabem, estou em Campinas para acompanhar a gravidez e não tenho muita atividade por aqui. Pois bem. Decidi procurar um psicólogo pra me ajudar a admnistrar toda essa situação. Antes, busquei a Deus em oração e pedi a Ele que me mostrasse uma pessoa boa, que não fosse contrária à minha fé. Estava receosa de encontrar um profissional que iria tentar me convencer a acreditar em crenças diversas das minhas. Pois bem, com o guia de Unimed em mãos, comecei pela letra A, passando pela B, C...Não conseguia consulta com nenhum psicólogo. Sempre a mesma história: vaga só pro ano que vem. Já havia contactado dezenas e nada. Decidi percorrer o guia de traz pra frente e a mesma dificuldade. Letra Z, W, V... nada! Já havia ligado, pelo menos, para uns trinta números quando consegui agendar com o dr. Tabajara. Dia e hora marcados lá estava eu na sala do psicólogo. Após contar resumidamente os motivos que me trouxeram pra Campinas (três perdas gestacionais em razão de insuficiência do colo uterino e em curso da quarta gestação), percebi que o psicólogo começou a falar com a voz presa, e algumas lágrimas discretas nos olhos. Ele disse: "Conheço um amigo que tem uma história igual a sua. A mãe dele sofreu três perdas pelo mesmo problema que o seu e o teve somente na quarta gestação. Esse alguém, na verdade, sou eu. E você acaba de contar a história da vida minha e da minha mãe. Você carrega um serzinho com história idêntica à minha, um tabajarinha, e eu me emociono todas as vezes que conto essa história". As lágrimas discretas, naquele momento, já haviam se transformado em forte choro. E eu também chorei, é claro. Pensei que, um dia, meu filho, também vai contar essa história e se emocionar. Será um homem íntegro e também ajudará as pessoas, de uma ou outra forma.
Antes do término da consulta, o dr. Tabajara me disse que estava muito feliz por me conhecer e poder me ajudar, auxiliar uma mulher que passa pela mesma luta que a mãe dele passou e, por tabela, ajudar um bebê que tem a mesma história dele próprio.
Você acha que foi por acaso que fui parar naquele psicólogo? O homem crê no acaso. Mas, coincidências não existem. Existe a vontade de Deus guiando os passos dos filhos que O Buscam. Pense nisso. Entregue seus caminhos ao Senhor, confie Nele e o mais ele fará.

27 Semanas de Gravidez (Segundo o Guia do Bebê)

Minha Gravidez Semana a Semana
A medida do bebê é de 24cm e seu peso é de 1000g (1 Quilo).
As funções do cérebro do bebê se aprimoram cada dia mais. Já tem enormes chances de viver sem seqüelas se nascer prematuramente, mas terá que ficar em incubadora, pois não tem gordura suficiente para deixar seu corpo aquecido.
O útero da mamãe encontra-se a 7cm acima do umbigo.
A taxa de colesterol pode aumentar, mas é normal. A dificuldade de respirar também aumenta, o feto pressiona os pulmões.
Nunca esqueça de alimentar-se bem, o bebê necessita de muitos nutrientes sempre.
Notas minhas: O bebê já estava com 29 cm quando estava com 23 e 1/2. Grandão, né!? hehehe. Acabo de chorar quando li que o bb já tem "enormes chances de viver sem sequelas". Quando foi que me tornei uma chorona? Rsrs

27 semanas com JP

Bem, todo dia é um dia de vitória e comemorado por mim.  Mas, terça-feira é especial porque completamos mais uma semana. Hoje meu João Pedro completa 27 semanas para honra e glória de Deus e eu estou muito feliz. Não sei porque conto os dias pra comemorar 30 semanas. Não é que eu queira que ele nasça com essa idade gestacional (livrai-me, Senhor), mas é porque sinto que quando completar 30 semanas vou estar mais segura, mais confiante. O bebê tem se desenvolvido muito bem. Na última ultra-som, o médico disse que ele é um bb tamanho G. Estava com mais peso do que o esperado. Que alegria!!! Estou muito feliz pelas 27 semanas. Peço a todos os amigos que continuem orando por nós. Por favor, não esqueçam. Suas orações são os mais importantes presentes que poderíamos receber!!!!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Começando a contar minha história

Olá.
Sejam todos bem vindos ao meu blog! Meu nome é Christina Rocha, 30 anos, casada, advogada. Neste espaço, vou contar um pouco sobre minha difícil trajetória em busca de um sonho: ser mãe!
Eu não era exatamente a mulher que sonhava em ser mãe. Com duas irmãs que já possuiam filhos e uma mãe saudável em termos gestacionais, nunca me passou pela cabeça que um dia eu teria alguma dificuldade. No entanto, em 2007, casada há quatro anos e meio, tudo mudou. Naquela tarde de janeiro, fui ao laboratório buscar o resultado de um Betahcg acompanhada de meu marido e, para minha perplexidade: POSITIVO. Chorei, fiquei muito surpresa, pois, usava DIU e, definitivamente, jamais poderia imaginar que estivesse grávida. Lembro que meu marido me deixou em casa e saiu e eu fiquei sozinha em casa, em minha sala de vídeo, quando enviei mensagens para todos os contatos do meu celular. Pronto. Estava fisgada. Algo que não planejava, não sonhava, me fez sentir sentimentos nunca antes vividos, alegria, emoção, felicidade. Descobri que era maravilhosa a ideia de ser mãe. Poucos dias depois, já chamava o bebê de Guilherme, pois tinha a íntima convicção de que era um menino.
Bem, o sonho foi até a 21ª semana de uma gravidez absolutamente normal, tranquila, sem nenhum tipo de complicação. Perdi meu Guilherme após sofrer um forte sangramento no meio da madrugada. Os médicos, na ocasião, me disseram que era um descolamento de placenta que poderia ter acontecido por inúmeras razões: má-formação da placenta, do bebê...teorias, especulações. Enfim, me disseram que era um caso isolado e não aconteceria novamente.
E lá estava eu grávida novamente oito meses depois. Nova perda com 15 semanas. Diagnóstico: dilatação do colo uterino.
Descobri que tinha IIC e teria que ser submetida a uma cerclagem na próxima gravidez. Grávida pela terceira vez, cerclada com 13 semanas, repouso absoluto e nova perda com 21 semanas.
Meu caso era muito grave. Estou poupando a todos dos detalhes, mas, sofri muito todas as vezes. E as pessoas que me amavam sofreram comigo. Tive momentos de tristeza tão profunda que já não conseguia encontrar razão na vida. Me imaginava em um futuro de solidão. Não teria filhos? E netos? Quem estaria comigo no natal quando eu tivesse na casa da meia idade? Pra quem deixaria as coisas que construísse? Paralelamente, levava uma vida normal com muitas atividades, mas, o sonho de ser mãe continuava no meu coração. E a esperança, graças a Deus, nunca desapareceu.
Após três perdas em três anos, decidi esperar um pouco e fazer tudo com calma. Precisava me preparar emocionalmente para uma nova gravidez. Após a terceira perda, de uma menina que registramos como Ana, fiz muitas coisas não relacionadas com gravidez, mas, que me traziam alegria, tudo para me fortalecer para uma difícil caminhada que viria pela frente.
Foi então que fiz uma cerclagem definitiva, antes de engravidar, com o dr. Ricardo Barini, de Campinas. Essa técnica não requer o repouso absoluto, embora eu tenha muitos cuidados. Afinal, gato escaldado tem medo de água quente rsrrs
Enfim, em 24 de junho deste ano, me descobri grávida pela 4ª vez. Saí de minha cidade e vim morar em Campinas onde estou desde 16 de outubro e, graças a Deus, tudo está correndo bem.
Minha gratidão a Deus será eterna e já agradeço a Ele todos os dias quando acordo e vejo a luz do sol pelas brechas da cortina. Percebo que mais uma noite se passou e aqui estou com um passo a menos restando para o dia de vitória, que será o nascimento do meu filho.
Amanhã completo 27 semanas. Meu bebê é um menino que se chamará João Pedro.  E você está convidada a fazer parte dessa caminhada, lendo esses relatos e compartilhando também sua história.
Seja bem vindo e, prepare-se, pois será testemunha de um milagre. Afinal, o impossível é apenas uma das especialidades de Deus.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Wanessa Camargo realiza cerclagem

Minha história: Wanessa Camargo realiza cerclagem: Cerclagem - Cirurgia que fiz com 14 semanas de gestação. Hoje estou com 34 semanas faltando muito pouco para ter meu bebe.
Esses pontinhos salvam muitas vidas e ajudam a muitas mulheres a realizar o sonho de ser mãe. 

Meu Médico Maravilhoso - Dr. Ricardo Barini

Dr Ricardo Barini

 Currículo

Professor Livre-Docente da Disciplina de Obstetrícia, Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Coordenador do Programa de Medicina Fetal e Imunologia da Reprodução, Disciplina de Obstetrícia, Departamento de Tocoginecologia da UNICAMP.
Coordenador do Ambulatório de Perdas Gestacionais Recorrentes, Divisão de Obstetrícia, Departamento de Tocoginecologia, CAISM/UNICAMP.

Formação Especializada

Graduação em Medicina na UNICAMP entre 1974 e 1979.
Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia entre 1980 e 1982. No 3º ano opcional de treinamento, assumiu a posição de Professor Assistente de Obstetrícia.
Doutoramento em 1989 sob orientação do Dr. Aníbal Faúndes, professor titular da UNICAMP.
Aprovado em Concurso, em 2003, para Livre-Docência na UNICAMP.
Programa de Fellowship em Imunologia da Reprodução (Chicago, Illinnois, EUA), sob orientação do Prof. Dr. Alan E. Beer (91-92).

Estágios em Medicina Fetal

Queen Charlote's Maternity Hospital (Londres), sob orientação do Dr. Charles Rodeck, 1986.
Fetal Assessment Unit (Winnipeg, Canadá), sob orientação do Dr. Frank Manning, 1992.

http://www.barini.med.br/

O que é e quando se faz cerclagem, cirurgia que salva muitas gestações?

Introduzida na Ginecologia e aperfeiçoada a partir de 1953, a cerclagem consiste em “costurar”o colo do útero da gestante para evitar que o feto nasça prematuro. É indicada àquelas que têm o colo do útero curto ou esperam múltiplos. Deve ser realizada entre a 14a e a 16a semanas de gestação. O procedimento tem salvado muitos fetos, em especial quando associado com repouso.

Por: por Mário Antônio Martinez Filho*

 

Cerclagem significa sutura (costura) em forma de bolsa. Usada em outras áreas da Medicina, foi introduzida na Ginecologia e aperfeiçoado em países como França e Estados Unidos a partir de 1953. Consiste em "costurar" o colo do útero - em sua porção vaginal, que contém a entrada para a cavidade uterina - da grávida para impedir que se abra, a bolsa fetal desça, se rompa e o feto nasça prematuro, o que coloca sua vida em risco.
A gestação ideal, vale relembrar, é de 40 semanas. Bebês que nascem mais ou menos nesse período em geral já se desenvolveram bem e estão aptos a viver no mundo externo. Os riscos para a vida dos que nascem prematuros - portanto, ainda não totalmente desenvolvidos - é tanto maior quanto menor o número de semanas no útero materno.
"E quais são as grávidas às quais se vem indicando a cerclagem?", você deve estar se perguntando. O primeiro grupo constitui-se das portadoras de insuficiência istmocervical. Esse fenômeno, descrito por pesquisadores franceses em 1948 e por americanos em 1950, se caracteriza quando a grávida apresenta várias perdas de gestação na forma de abortos tardios e/ou partos prematuros iniciados por dilatação do colo do útero, sem que tenha havido contrações uterinas.
As perdas de gestação, nesse caso, devem-se ao fato de tais grávidas terem o colo do útero curto. No passado havia controvérsias no meio médico sobre o comprimento que o colo precisava ter para suportar bem o peso da bolsa fetal. Atualmente existe consenso de que deve estar com 20 milímetros entre a 22a e a 24a semanas. O segundo grupo de mulheres que têm recebido a indicação de cerclagem são as grávidas de múltiplos.
A cerclagem é realizada entre a 14a e a 16a semanas da gestação. A técnica usada hoje foi criada em 1957 pelo médico americano I. A. McDonald. Trata-se de uma cirurgia que é feita em hospital sob anestesia raquidiana. Introduz-se um espéculo na vagina da paciente, instrumento que permite abrir o conduto para visualizar o colo do útero. "Costura-se", então, o colo circularmente em dois locais com agulha e fio inabsorvível, que é retirado no momento em que a gravidez se completa e o bebê já pode nascer. Mulheres que fazem cerclagem devem ficar internadas por 24 horas em observação, pois pode causar contrações uterinas, pelo fato de se interferir na região, e até infecções no local dos pontos. Os dois fenômenos são combatidos com remédios. A retirada do fio, ao final da gravidez, é feita no próprio consultório. Em geral se conseguem bons resultados com a cerclagem, evitando a perda de muitos fetos. O objetivo, nas gestações comuns, é se aproximar o máximo possível de 37 semanas. No caso das gestações múltiplas, é difícil chegar a isso por causa do próprio peso dos bebês. Nas de trigêmeos, por exemplo, consegue-se levar até 33 ou 34 semanas; nas de quadrigêmeos, até 32 ou 33. Os melhores resultados na verdade são conseguidos com a associação de cerclagem e repouso. Há até pesquisadores que apuraram, a partir de pequenos estudos mundo afora, que o repouso puro e simples teria o mesmo efeito da cerclagem na manutenção da gravidez. Mas o assunto, como reconhecem os próprios pesquisadores, ainda carece de uma grande pesquisa, realizada ao mesmo tempo em países diversos e envolvendo um número realmente representativo de gestantes.

Fonte: Revista CARAS | 23 de Julho de 2009 (EDIÇÃO 820ano )

http://caras.uol.com.br/noticia/o-que-e-e-quando-se-faz-cerclagemcirurgia-que-salva-muitas-gestacoes#image1